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TERREIRO LOBA´NEKUN FILHO

TERREIRO LOBA´NEKUN FILHO

Amazília Maria da Rocha, Mãe Lira, nasceu em Cachoeira, no dia 24 de maio de 1907, filha de mãe e pai cachoeiranos. Com treze anos foi enviada ao Rio de Janeiro, onde permaneceu por um curto período de sua vida. De volta à Cachoeira, foi iniciada no TERREIRO LOBA´NEKUN, localizado na Terra Vermelha. No dia 17 de junho de 1925, por Miguel Pequeno (Miguel Ângelo Barreto), seu pai de santo.

Muitos anos após ter deixado o terreiro onde foi iniciada. Mãe Lira, começou a “dar sessões” numa casinha onde morava, transferindo-se depois para a casa de sua genitora – que é vizinha ao terreiro. Foi nesta casa que ela iniciou seus toques de candomblé em meados de 1940 e alí permaneceu por algum tempo. Porém, bem antes de abrir um terreiro de candomblé. E iniciar os toques, Mãe Lira já tinha dado início à sua obrigação pessoal de levar presentes para Iemanjá. Na Pedra da Baleia ou no Pilar do Meio da Ponte Dom Pedro II.

Obrigação que levou adiante por toda a sua vida. Aos 90 anos de idade Mãe Lira faleceu em sua residência – exatamente onde teve início o Terreiro Loba´Nekun Filho. Ao lado do terreiro, no dia 14 de agosto de 1997. Seu enterro muito concorrido, deixando as ruas de Cachoeira repletas de filhos de santo e parentes de santo. Além de inúmeros adeptos do candomblé e do povo cachoeirano em geral.

Formou-se um tapete humano de vestes brancas que saiu do Terreiro Loba’Nekun Filho, no Monte e seguiu até o Cemitério da Piedade…

A Água ensina Caminhos

A presença inquestionável, marcante e histórica de Mãe LiraAkoladié. Nos convida a entrar no Terreiro Loba´Nekun Filho, casa de Iemanjá, com cumeeira de Oxum. Em águas sagradas, recebidos por Bernaci dos Santos Rodrigues de 73 anos, conhecida como Equede Cici. Sobrinha consaguínea de Mãe Lira, detentora dos saberes e é uma das guardiãs do patrimônio deste Terreiro, que compõe o Patrimônio Sagrado do Recôncavo.

“Sim! Ás águas ensinam caminhos”. E assim, Ekedi Cici, nos conta, que a construção da atual casa do Terreiro do Loba´Nekun Filho. Aconteceu após uma cura realizada pelo Caboclo Juremeira a um pai de santo da cidade de Cachoeira (hoje membro da casa). Como agradecimento pelo êxito do trabalho realizado, esse pai de santos ofertou duas casinhas para Iemanjá.

Sua caminhada, Mãe Lira, teve apoio de muitas pessoas. E dessa forma ela recebeu as casas, as quais ela derrubaria, para erguer em seu lugar, por volta de 1962, a atual casa do terreiro. O Caboclo Juremeira (caboclo de Mãe Lira). Acima de tudo ela participou de forma decisiva, principalmente, em momentos de cura e restabelecimento da saúde de muitas pessoas da região, inclusive de sua própria família carnal.

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