
A Irmandade da Boa Morte – Cachoeira, no Recôncavo da Bahia
Todos os anos, durante quase dois séculos, acontece no mês de agosto uma das celebrações religiosas mais importantes da cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, a Festa de Nossa Senhora da Boa Morte e Glória. As Irmandades Religiosas foram formadas na Bahia a partir do século XVIII, com o consentimento mútuo da Igreja e do Estado. Possuíam aparato legal reconhecido através de estatutos e compromissos. Além da devoção religiosa, assumiram um caráter social, exercendo a caridade e ajuda aos desvalidos.
Eram constituídas a partir da divisão por cor e hierarquia social, brancos, negros e crioulos, escravos, libertos, ricos e pobres. A Irmandade da Boa Morte, ela representa, do ponto de vista histórico, um documento vivo de como eram as instituições religiosas negras, a importância política, quer dizer, ela registra o que eram as Irmandades negras como forma de resistência pacífica que os negros empreenderam aqui diante da escravidão, diante de uma sociedade racista, escravocrata, branca. Dessa Irmandade não tem mais, só existe ela.
Irmandade da Paz
Irmandade da Paz dos negros africanos só existe essa Irmandade, não existe mais. A formação das Irmandades se deu a partir da devoção a santos católicos e exercia um papel político e social na medida em que utilizava práticas de empréstimos, doações, compra de alforria de escravos, oferecendo ainda funeral digno aos seus membros, principalmente àqueles que exerciam papel de destaque nos movimentos de cunho político religioso. Os escravos morriam num açoito, os escravos morriam de apanhar, de tiro, na perseguição.
Nossa Senhora da Boa Morte
E agora, como dar conta da sua alma, porque o seu corpo era enterrado em qualquer lugar. Então agora, para dar conta da alma, era pedir à Nossa Senhora que desse aos negros uma boa morte ou que desse a liberdade para todos. É por isso a devoção de Nossa Senhora da Boa Morte.
Uma morte livre da escravidão, uma morte humana como ser humano. Eu costumo dizer que a Irmandade da Boa Morte é uma instituição religiosa na, mas fora da igreja. Então isso resume a relação, essa harmonia, essa convivência pacífica entre a Igreja. Católica e a Irmandade da Boa Morte, entre a Irmandade da Boa Morte e a Igreja Católica.
A Irmandade da Boa Morte
Foi criada a partir do século XIX, composta por mulheres negras movidas pelo anseio de liberdade. Detentoras de poder eram consideradas negras do Partido Alto. Por serem mulheres de posses no âmbito da sociedade colonial, patriarcal e escravista. Tinham por objetivo a devoção à Nossa Senhora, assim como resgatar mulheres africanas que vieram escravizadas, pagar a euforia, dar proteção e encaminhamento aos fugitivos aquilombados. Uma Irmandade que nasceu a partir do primeiro movimento feminista religioso. Eram africanas provenientes da cidade de Ketu, na Nigéria, e isso se deu mais ou menos por volta de 1820, quando essa Irmandade se formalizou através dessas mulheres africanas.
O sentido principal da Irmandade da Boa Morte não foi só adquirir uma outra religião, não foi buscar a liberdade de poder ser também católica, não foi buscar a liberdade de poder, não foi buscar só essa coisa do direito ao culto, do direito à celebração, mas o direito à liberdade, a ser gente, a ser humano, a ter uma qualidade de vida. A memória oral remonta a fundação da Irmandade na igreja da Barroquinha, reduto onde outras Irmandades se reuniam para cultuar seus santos de devoção. Elas tinham as suas celebrações aos deuses africanos.
Celebração de Mulheres
E a partir de idealizar essa igreja católica, essa celebração à Maria, elas idealizam no fundo da igreja um espaço para a celebração desses deuses africanos. Candomblé, candomblé e a Irmandade pertence ao catolicismo é uma outra coisa. O candomblé não atinge nada a boa morte, porque ali dentro ninguém toca no candomblé.
Nós adoramos aqui a Nossa Senhora, só, só, só. Porque o candomblé é lá fora, agora Nossa Senhora é aqui. De tudo vai Nossa Senhora. Tudo que as outras irmãs falecidas há longos anos faziam, até hoje se faz. É um processo de celebração de mulheres que se tornaram, assim, católica por fé, católica por promessa. Elas adotam Nossa Senhora da Boa Morte e pedem a ela que dê a glória da liberdade a todos os negros.
Nós pedimos à Nossa Senhora
“E se isso acontecesse, elas o louvariam a Nossa Senhora para o resto das suas vidas. Por 45 anos eu deixei o mundo, abandonei o mundo e tudo para segurar a Nossa Senhora. E não tem o desgosto disso, tem o prazer. A importância de Nossa Senhora da Boa Morte na minha vida é o amor, é a dedicação, é o carinho. E é uma coisa que quando nós pedimos à Nossa Senhora, ela nos dá. É a Mãe poderosa, é a Mãe que nos dá amor, que nos dá paz, alegria”.
“E isso significa tudo, vida para mim. Quando eu estou nos meus apuros, eu grito por ela. Me vala minha Mãe, Mãe Imaculada, Mãe Triunfadora, Mãe Concebida Sem Pecado. Me ajuda, meu povo, me tire desse sufoco. Tenho certeza que daquilo ali eu vou sair”.
Irmandade se Instala em Cachoeira Bahia
Possivelmente a partir de 1820, a Irmandade da Boa Morte instala-se na cidade de Cachoeira, vinda de Salvador, fugindo da perseguição impetrada pelo general Madeira de Melo às Irmandades Religiosas Negras. Os escravos cultuavam a Maria na igreja. E no fundo da igreja tinha um terreiro de candomblé. Eles se alegravam no fundo da igreja.
Então, na época, o major Madeira de Melo expulsou os escravos de lá e vinham daqui para Cachoeira. Nessa época tinha Tia Ciata, tinha Nita Adolchum, tinha Tia Gorença, Pararaça, essas irmãs. Tinha outras irmãs que já faleceram. Foi quando o major Madeira de Melo entrou dentro da igreja da Barroquinha acabando com as irmãs, batendo, matando. Tia Ciata correu para o Rio de Janeiro e se instalou na Praça. E as outras irmãs vieram embora aqui para Cachoeira.
Recôncavo Baiano – A Irmandade da Boa Morte
“E migraram para fortalecer esse processo cultural, para levar essa semente a outras partes do Brasil, como Tia Ciata, por exemplo, foi para o Rio de Janeiro. Ela levou o samba de roda, levou a nossa culinária, levou a própria religiosidade afro. Então, tudo isso foi sementes que se espalharam”.
“Mas a maior parte dessas irmãs vieram aqui para o Recôncavo Cachoeirano, onde aqui encontrou o apoio de um grupo de negros da etnia Jeje, que, de uma certa forma, fomentou e buscou, diante da igreja local da época, também essa liberdade de expressão e de manter viva essa cultura, que é a cultura do povo cachoeirano, do povo baiano, do povo brasileiro, do povo negro e do povo do mundo”.
Intimamente Ligadas à Religiosidade
O Recôncavo, portanto, acolheu em um segundo momento a presença de algumas das irmãs e aqui também foi um locus significativo para a constituição da irmandade em terras cachoeiranas. A Irmandade da Boa Morte é formada por mulheres que estão intimamente ligadas à religiosidade de matriz africana.
“Ser do candomblé é ser católico duas vezes, porque nós cultuamos os nossos orixás, que são da igreja, no caso São Pedro Xangô. Nossa Senhora da Glória Iemanjá, São Roque Obaluaê. Então nós rezamos pelos santos da igreja católica e rezamos pelos nossos santos, os nossos orixás. As fundadoras da Irmandade da Boa Morte foram as mesmas fundadoras do Zogodô, Bogum Malê e Seja Hundê”.
A Casa Estrela
“Quem torceu a irmandade dos negros, dos negros cativos, do Pé da Corrente, quem estava aqui foi a filha da Santinha, da Casa Estrela. Foi ela que torceu a irmandade para a Cachoeira. Elas se reuniam aqui na rua principal, hoje rua Ana Neri, numa casa denominada Casa Estrela, que era uma localidade que além de ser uma residência de uma das fundadoras, que se chamava Júlia Gomes, foi onde ocorreram os primeiros ritos iniciáticos do candomblé”.
Isso é o que está registrado na memória oral. Também ali era uma localidade onde se vendia produtos ritualísticos provenientes da África. E também uma localidade onde teve início a Irmandade da Boa Morte.
“Sou sobrinha neta de Santinha e Tutuzinha e neta de Zinha. Eram três irmãs. Havia outras, mas já falecidas. Aqui a Casa Estrela foi a primeira sede da Boa Morte. Era aqui que coordenavam os trabalhos. E essas irmãs eram responsáveis pela Irmandade da Boa Morte. Ali era uma localidade onde se fabricava doces e outras iguarias, que eram vendidos em tabuleiros por essas irmãs da Irmandade da Boa Morte. Quando eu cheguei, foi ali. A gente ficava dali.”
“A metade das coisas cozinhava na Casa Estrela. Guardava na Casa Estrela. E a gente ficava ali naquela casinha, naquele bequinho. Ali mesmo a gente dormia, ali mesmo comia, fazia tudo“.
13 a 17 de Agosto
Hoje, em Cachoeira, é uma das casas mais importantes vinculadas à questão turística, porque é a casa que mais recebe turistas hoje. E o evento da Festa da Boa Morte, é também um dos únicos eventos que acontecem na Bahia, que atrai a maior quantidade de estrangeiros e turistas de maneira geral. O ciclo de festa da Boa Morte acontece entre os dias 13 e 17 de Agosto. Embora as irmãs durante todo o mês estejam empenhadas para os preparativos da festa. Antecedendo as celebrações da festa da Boa Morte, acontece a eleição da comissão da festa do ano seguinte
Relata os visitante:
“Eu acho que tem que ser divulgado para o Brasil todo esse tipo de festa, porque o resto do Brasil não conhece. Não tem nem ouvido falar da Boa Morte. De todas as manifestações populares que eu conheço aqui em Salvador, no estado da Bahia, essa é a número um para mim”.
“Muito bom. É uma festa muito representativa da cultura brasileira. É muito agradável ver as irmãs numa casa tão bonita, num espaço tão digno delas. Com toda essa riqueza de tradição, empoderamento da mulher negra, que é o marco, que é o banho da ancestralidade mesmo”.
A Hierarquia da Irmandade da Boa Morte
. A organização da Irmandade da Boa Morte se constitui a partir da eleição de cargos. Provedora, procuradora, tesoureira, escrivã e irmãs de bolsa. A irmã de maior idade, ocupa o cargo de juiz à perpétua. As irmãs de bolsa são aquelas que passam por um período de três anos de observação até ocupar definitivamente o cargo de escrivã. De sete a sete anos, a própria Nossa Senhora é a provedora.
Mas Nossa Senhora, o Espírito, não pode assumir o cargo. Aí a juiz à perpétua assume o cargo de provedora. Nós recebemos um convite de outras irmãs mais velhas e tem um estágio de três anos.
“Nós entramos como irmã de bolsa, saímos pedindo. Na época, em cada festa, nós vamos caminhando. Ao longo do tempo, as irmãs vão olhando nossos procedimentos, nosso dia a dia, nossas convivências, até quando a gente chega para ser escrivã da Nossa Senhora”.
“É o primeiro cargo da festa que nós recebemos. E eu sempre dizia, quando chega a minha idade, eu vou chegar até lá para ver se consigo entrar na Irmandade. Quando eu fiz uns 35 anos, eu tive esse convite. E aí vim e estou na Irmandade já nessa faixa de 23 anos. No primeiro ano que eu vim, gostei. Aí ajudei as irmãs a fazerem as coisas aqui”.
“E eu obedeci à Nossa Senhora e estou aqui até hoje, tenho três anos. A irmã de bolsa é que ela sai pedindo a contribuição para a festa e passa, a gente chama, a jóia, o dinheiro para a Nossa Senhora. Temos que preservar”.
Sobre A Irmandade da Boa Morte – Mudou muita Coisa?
“Assim a gente não pode se pintar, pintar cabelo, andar muito pintada, ficar até tarde nos bares bebendo. Isso é proibido em termos da Irmandade. Em relação à Irmandade, são os critérios que eles pedem para que a gente respeite” Mudou muita coisa. Fiquei muito mais, assim, mais solta, mais independente. ( Nós com as irmãs somos como uma família”.
“Porque tem hora que tem aquela coisa, mas depois volta tudo ao normal. E graças a Deus, estou aqui na Irmandade. Tenho muitas bênçãos para contar, viu? Nossa Senhora tem me dado saúde, felicidade e eu tenho muito amor para a Irmandade. Eu já completei quatro cargos, estou aqui bastante satisfeita. Então é o motivo de nós adorar a Maria. Das velhas, não tem, não tem, não tem, não tem, não tem”.
Mulheres do Partido Alto
“Julha Milta, esse povo tudo, Persilha, Ambrosina, que foi a companheira que fez a festa com o Filinha. Ela que foi quem fez a festa da provedora com o Filinha foi a Ambrosina. Eu fui a procuradora geral da festa, está dela toda. Não tem, não tem, não tem, não tem. Todas é nova. Eu quando entrei tinha bem umas 40 mulheres, agora acho que não tem nem 22“.
“E já morreu tanto e não entrei quase nenhuma. E pode dizer que nesse grupo dessas que estão, a mais velha é Filinha. A irmã da Boa Morte eu peguei com 100 mulheres, 100, com 100 mulheres. Dessas 100 foi morrendo, morrendo, morrendo, morrendo. Agora de velha só tem eu e Estelita. É por isso que eu estou pedindo, quero que bote gente para não acabar”.
A comissão da Festa
A eleição é feita em uma mesa com a juíza perpétua, com a sua auxiliar e as irmãs mais velhas da Irmandade. Elas decidem justamente quem vai ser a comissão do próximo ano. Elas é que vão diante ao governo, ao prefeito, a quem é de direito, buscar recursos justamente para manter a sua festa. E a juíza perpétua que vai administrar essa mesa. Após a eleição é realizada a esmola geral e a condução da Santinha de volta para a sede da Irmandade. Após ter ficado durante todo o ano sob os cuidados da provedora.
Louvores e Simbolismos
Os ritos celebrados estão ligados a morte e a vida, ou seja, a dormição e a assunção de Nossa Senhora. Estão cercados por rituais, louvores e simbolismos contidos nas cores, nas indumentárias, nos adereços e objetos sagrados. No primeiro dia de festa é celebrada a missa e a ceia pelas irmãs falecidas. Nesse dia o branco simboliza o sentimento pela memória às irmãs fundadoras da Irmandade. As irmãs no primeiro dia se reúnem para rezar pelas irmãs falecidas. É uma celebração ao mesmo tempo de saudade e de convicção na vida eterna.
Portanto elas de branco manifestam não apenas o luto, mas acima de tudo a alegria da ressurreição que celebram na liturgia católica. Elas retornavam para a sede, faziam o rito de agregação, que é o rito da comida que elas servem, a ceia branca. Uma serve o alimento ao outro, não era servido para turista, não era servido para os acompanhantes da procissão.
Elas entre elas. Depois elas retornavam para a igreja para passar a noite em claro, como se vela uma pessoa que morreu. Tudo da Irmandade da Boa Morte é branco. A Irmandade da Boa Morte entra até no dia que vai entregar uma irmã, vai entregar outra. É que faz aquele caruru.
Procissão e Missa – A Irmandade da Boa Morte
“Só o dia que a gente entra na Irmandade da Boa Morte é daquele caruru. Porque aquele já vem desde a infância. Aquele já vem há tempo. Eu alcancei fazendo os pratos para levar para o preso”.
“Levava para o asilo dos pobres também, que tinham asilo. A gente levava e levava para os presos. Hoje em dia se leva somente para os presos. Se levava o feijão, levava o cozido e levava o caruru. Todo dia que a gente fazia a comida, o dos presos era sagrado”.
No segundo dia acontece a procissão e a missa em louvor à dormição de Nossa Senhora da Boa Morte. É aquele rito que sai com a esquife de Nossa Senhora falecida, que percorre as ruas, mas não percorre todas as ruas principais da cidade. Ela faz um roteiro que não é o mesmo que segue para as localidades onde estão assentados os cemitérios públicos. No terceiro dia, o ápice das celebrações.
As irmãs após a missa saem em procissão para louvar a Assunção de Nossa Senhora da Glória. E no dia 15, que é a Assunção de Nossa Senhora. É aquela imagem de Nossa Senhora viva, muito bem vestida. E aí é o percurso maior, é o percurso que se fazia pelo lado onde estão os cemitérios. Passa pelas encruzilhadas porque não tinha problema. É o maior percurso que se fazia.
A Boa Morte e Glória
Esses três ritos são os ritos que ritualizam o drama da morte e Assunção de Maria. No dia da procissão de Nossa Senhora da Glória, sempre nossos músicos também executam as músicas dos Orixás. Isso após a valsa, em que todas as mulheres, apesar das idades que elas têm, elas dançam a valsa com toda dignidade.
Além das missas e procissões, a Irmandade celebra a boa morte e glória de Nossa Senhora com muita comida e samba de roda, que se prolonga por mais dois dias, quando é servido o cozido e caruru para a população. No dia 16 é o cozido, no dia 17 é o caruru. E aí, quando for o dia 18, Elas vão para casa.
Reconhecimento – A Irmandade da Boa Morte
“E quando eu vou pra casa, eu sinto saudade. Sinto saudade que a gente fica tudo unido aqui. Ficamos uma pela peleando com a outra. E aí a gente sente saudade”.
Em reconhecimento a essa tradicional celebração, o Governo do Estado da Bahia, através do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, IPAC, autarquia vinculada à Secretaria de Cultura, propõe o registro da Festa da Boa Morte no livro de registro especial de eventos e celebrações. A Irmandade da Boa Morte é muito rica.
Um Rio de Várias Vertentes
Muito rica e muito importante para a história afro-baiana, para a história afro-brasileira. Costuma-se dizer que a Irmandade da Boa Morte é um grande rio de várias vertentes. Porque se você procura motivo de história na Boa Morte, você vai encontrar jóias, você vai encontrar festas, você vai encontrar nos seus cantos, você vai encontrar na sua fala, na sua forma de ser, nas suas celebrações.
“A gente se reúne aqui, sempre procura saber como uma está, como a outra não está, na hora que alguém está doente, a gente tem por obrigação de chegar até lá, saber as condições da irmã, um ajudar a outra e a gente vai levando”.
Um Legado de Fé e Adoração
“Eu tenho uma paz muito grande dentro do meu coração. Tem vezes que quando termina a festa que eu vou embora para a minha casa e eu sinto saudade. Tenho vontade de vir embora para aqui. Eu tenho a fé, eu tenho fé em Nossa Senhora da Boa Morte, em Nossa Senhora da Glória”.
“Com muito prazer, nós estamos louvando a Maria. Eu não sou rica, não tenho dinheiro, não tenho riqueza. Mas sempre quando há alguma coisa que fala a vida, eu prosto meus joelhos no chão, peço a Deus soberano, e a quem eu amo, a quem eu venero e sou agraciada. Para que uma riqueza maior que essa”.