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ASEPÒ ERÁN OPÉ OLUWÁ-VIVA DEUS

Terreiro Asepò Erán Opé Olùwa, também conhecido como terreiro Viva Deus, na cidade de Cachoeira - BA — Foto: Lazaro Menezes/Secretaria de Cultura da Bahia

VIVA DEUSO Lugar da Imensidão

O Terreiro Asepó Erán Opé Oluwá-Viva Deus, pertence a Nação Nagô-Vodun-Ijexá. Inaugurado em 24 de junho de 1911, na localidade da Terra Vermelha, na cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia. Seu fundador, foi José Domingos Santana, mais conhecido como Zé do Vapor. Natural da cidade de Santo Amaro da Purificação. Nasceu em 1870 e faleceu em 1938. Zé do Vapor, foi comissariado da companhia marítima que fazia a linha entre Cachoeira e Salvador. E trabalhava no navio, de propriedade do abolicionista, o Sr. Tranqulino Bastos.

Nação Ijexá

Tia Mariana africana, natural de Osogbo, foi a fundadora do Viva Deus no candomblé ijexá, consagrando-o a Ogum. A capital do Estado de Oxum, na Nigéria, iniciada para o orixá, Oxum. Segundo as narrativas Tia Mariana. Por sua vez, foi iniciada no candomblé de Mãe Julia Maria da Pureza conhecida como Julia Bukan. Que liderava um terreiro de candomblé da Nação Ijexá na cidade de Salvador-Ba.

As terras onde hoje está localizado o terreiro foram uma doação do Maestro Tranquilino Bastos, por volta de (1850-1935). Como forma de agradecimento a cura que Zé do Vapor, através dos seus dons religiosos conseguiu realizar. E que salvou a vida da esposa do maestro, a Sra. Blandina.

Uma vez que, segundo as narrativas, essas terras tinham sido ocupadas pelo quilombo Viva Deus, a doação ocorreu em um contexto histórico particular. O mais recente zelador do terreiro foi o Babalaxé Luis Sérgio Barbosa, nascido em Cachoeira em 1919. Que comandou o Terreiro de 1981 até o seu falecimento em 2012.

O Lugar da Imensidão

O Terreiro Asepó Erán Oluwá– conhecido como Terreiro Viva Deus, tem como patronos os Orixás Ogum, Iemanjá e Oxumarê. As instalações foram construídas por volta de 1911 e o tempo nesse terreiro toma interpretações bem mais valiosas…

O Viva Deus, ocupa uma vasta área, da onde podemos avistar a presença das atins (árvores sagradas), que ali são sentinelas… Resguardam os fundamentos e a essência dos orixás e voduns e tudo enxergam. Em sua amplitude, o tempo no Viva Deus, toma contornos de contemplação e imensidão. Os elementos da natureza estão todos presentes neste terreiro, que guarda os sentidos do candomblé atrelados a cura, a fé e a resistência. Fonte: Sagrados do Recôncavo (2021, pg. 133),

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